E a melhor capa de 2011 é essa aí! |
The Shotgun Diaries
O lançamento mais legal da RedBox em 2011 foi o excelente The Shotgun Diaries, um RPG narrativista sobre histórias de zumbi, que a editora tocantinense não apenas se contentou em traduzir mas também a melhorar o produto! A versão de luxo do produto vem numa lata super foda, cheio de marcadores, dados e outras bugingancas legais para aumentar a diversão do seu jogo. E por falar em aumentar a diversão, além da versão em PDF, os consumidores da versão nacional de The Shotgun Diaries ainda contam com um Controle de Mídia, um PDF que toca sons clássicos de filmes de zumbi para colocar aquele clima na sua mesa, como mensagens de emergência, sons de tiros, de zumbis, e, claro, trilhas sonoras para cada tipo de cena (como suspense ou ação). Definitivamente um dos melhores lançamentos do ano.
Violentina
Dos mineiros da Secular Games veio a maior surpresa de 2011, o nacional Violentina, um RPG narrativista sobre histórias ultraviolentas inspiradas nos filmes de Quentin Tarantino. O jogo já se destaca desde o princípio por se tratar do primeiro caso de financiamento coletivo (muito) bem sucedido feito no Brasil. A campanha do Violentina arrecadou mais de nove mil Reais e possibilitou, aliado ao talento do autor Eduardo Caetano e ao esforço combinado de edição coletiva da comunidade formada em volta do jogo, um produto de alta qualidade.
Mas o mais legal do financiamento coletivo foi possibilitar uma enorme gama de recompensas e produtos relacionados que a maioria dos jogos atuais só lançaria meses ou anos após o lançamento do livro principal. Quem contribuiu durante o financiamento coletivo levou suplemento exclusivo, camisetas, posteres, livro autografado, bottons e todo tipo de badulaque do jogo. Acima de qualquer outra coisa, Violentina leva o título de um dos melhores de 2011 por sua ousadia, qualidade gráfica e um relacionamento com seus clientes extremamente bem sucedido.
M&M: Mecha & Mangá
Um dos melhores livros da 2e de Mutantes & Malfeitores chegou ao Brasil pelos gaúchos da Jambô e provavelmente será um dos último títulos da 2e publicados em terras tupiniquins (depois dele só Poder Supremo está confirmado para 2012). Mecha & Mangá traz uma série de regras interessantes que o tornam, de longe, o melhor suplemento de Mutantes & Malfeitores já publicados no Brasil e portanto merece figurar entre os grandes lançamentos de 2011.
Crônicas da Tormenta
Para mim o Crônicas da Tormenta é um verdadeiro marco da literatura relacionada ao RPG no Brasil por uma série de motivos: revelar novos autores para o público e ao mesmo trazer autores consagrados de fantasia não relacionada com RPG para escrever para o cenário, como Raphael Draccon, Douglas MCT e Leandro Radrak, enquanto mostra novamente que, sim, um cenário nacional de RPG pode atingir a força, a longevidade, o alcance e a capacidade de renovação de vacas sagradas de um cenário oficial de D&D como Forgotten Realms. Por tudo isto, Crônicas da Tormenta entra na minha lista de melhores lançamentos de RPG de 2011 como menção honrosa (já que afinal é literatura e não RPG...).
Bestiário de Arton
Ok, ok, sei que parece autopromoção, e até certo ponto é. Mas acho que o Bestiário de Arton meio que merece estar aqui indepente dos elos que eu possa ter com o produto, especificamente porque ele mostrou que Tormenta tem um público maduro o suficiente para comprar produtos de preços mais altos desde que com uma qualidade correspondentes mas que ao mesmo tempo se renovou e ainda tem um público mais jovem, que prefere pagar menos. Foi o primeiro suplemento de Tormenta RPG lançado com versões em capa dura e capa mole, uma estratégia comercial que se mostrou acertada e eu espero ver repetida no futuro. Claro, o livro não está aqui só por isto, também conta com ilustrações belíssimas, fluff de alta qualidade e um crunch solidamente construído por este que lhes fala. :)
Fiasco
Trazido ao Brasil pela paranaense Retropunk durante a RPGCon do ano passado, Fiasco é o primeiro de uma leva de grandes jogos narrativistas, todos lançados no Brasil em 2011. Baseado em histórias onde tudo termina num enorme fiasco, como Fargo e Gosto de Sangue (e qualquer filme de Guy Ritchie), o jogo é quase um pioneiro dos RPGs sem a figura do mestre/narrador no Brasil, já que é precedido em 10 (dez!) anos por As Extraordinárias Aventuras do Barão Munchausen, ao se utilizar de uma forma de jogo focada na narrativa compartilhada entre os jogadores, que se baseiam em uma estrutura narrativa pré-determinada (a mesma utilizada em filmes do genero a que o jogo se destina a emular).
Fiasco é simples e divertido sem deixar de possuir uma certa sofisticação de design e ainda por cima liderou uma verdadeira revolução no mercado brasileiro de RPG a partir de então, e por tudo isto, leva o prêmio de ser, na minha opinião, o melhor lançamento de 2011 para RPG.
cade o terra devastada? o shotgun diares nem via ainda? alguem já recebeu? como pode afirmar assim sem ver o livro?
ResponderExcluir@Reginaldo
ResponderExcluirPoxa, meu querido, o Terra Devastada não entrou por uma questão de opinião minha mesmo (o que conta um bocado numa lista de melhores do ano na *minha opinião*, né?). Eu não curti muito o sistema hibrido simulacionista/narrativista dele. Qualquer dia faço uma resenha e explico melhor minhas reservas ao jogo, que é do caralho, mas na minha opinião não ficou como um dos melhores do ano não.
Mecha & Mangá e Fiasco FTW!
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